quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

SUAVE

Suave
como a brisa.
Suave
como o sol
d’amanhã.
Suave
como o pôr-do-sol.
Suave
como a lua.
Suave
como as noites
no Sertão.
Suave
como um carinho.
Suave
como teu corpo.
Suave
como teu jeito
de amar.
Suave
como nossos beijos.
Suave...
Suave...
Nosso amor
manter-se-á.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2008

Código do texto: T840508

ALMAS GÊMEAS

Almas irmãs.
Siamesas.
Ligadas,
unidas
por um cordão
umbelical.
Próximas
ou distantes
vivem
a se procurar,
a tentar
se reencontrar.
Ligação profunda,
passada,
alinhavada
em outra vida,
em outro plano.
Almas gêmeas.
Unidas.
Irmãs.
Eterno amor.
Nunca os laços
se desatarão.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2008

Código do texto: T840507

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

PISCAR D'OLHOS

Num
piscar d’olhos
por ti
me encantei.

Em mais
um piscar d’olhos
te vi
te enxerguei
me desencantei.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008

Código do texto: T839329

FLORES I















Título: Flores
http://caminhando.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_02.html

Flores molhadas
pela água
da chuva
possuem
um quê
de especial,
de jovial,
que encantam,
que enamoram
todos os pássaros
que vêm
admirá-las.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008

Código do texto: T839326

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

TALVEZ

Talvez,
um dia
te reencontre
e o antigo amor,
que marcas indeléveis deixou,
reacender-se-á..

Talvez,
um dia
te reencontre
e o antigo amor,
como uma chama,
apagar-se-á.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2008

Código do texto: T837422

TE ENCONTREI

Nos fios
tecidos pelo tempo,
te encontrei,
ao acaso,
com os pensamentos
presos ao passado.
Te acordei.
Renasceste.
E ao olharmo-nos
nos amamos
acordados
a viver o presente.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2008

Código do texto: T837421

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

MENINO TRAVESSO

Nem as lentes escuras
dos teus óculos
escondem
o olhar
do menino travesso
que sempre serás.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 28/01/2008

Código do texto: T836716

LÁGRIMA I

A lágrima
derramada
dos teus olhos
dasaguou
num lindo
lago azul.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 28/01/2008

Código do texto: T836713

domingo, 27 de janeiro de 2008

PERSONA

Sinto-me
num palco,
como um ator
à procura
de sua personagem,
em pleno
processo de encontro,
de elaboração,
de afinação.
A procura
do tom exato
para sua execução.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2008
Código do texto: T834764

FEITOS NO CORAÇÃO

Sonhos feitos.
Desfeitos.
Sonhos refeitos.
Raros.
Sonhos meus.
Perdidos.
Achados.
Deixados de lado.
Sonhos lindos.
Feitos no coração.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2008

Código do texto: T834763

sábado, 26 de janeiro de 2008

AMAMO-NOS*


















Título: Crianças brincando
http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0100b03.htm

Relembro-me
de nós.
Das nossas travessuras.
Das nossas aventuras.
Das nossas descobertas.
Dos garotos que fomos.
A teu lado,
eu fui feliz.
Brincadeiras.
Passeios.
Viagens.
E nós,
vivendo num mundo
que criamos.
Só nosso.
Nele,
você se fazia de chefe.
Eu te perturbava
e te levava
para todas as peraltices,
todas as traquinagens.
Eu te fazia feliz.
Fomos assim crescendo.
Sempre juntos.
Sempre unos.
Por questões geográficas,
estamos separados.
Mas,
sempre a brincar
nos reencontros,
nos e-mails,
nas mensagens instantâneas.
Nós nos fazemos felizes.
Acredito que os meninos
que juntos cresceram
continuam vivos.
Vivos de vida.
Vivos de sentimentos.
Vivos no amor.
Afinal,
AMAMO-NOS.


* Esta poesia é dedicada a meu irmão Ulimar Paes do Amaral

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008
Código do texto: T834168

O NÃO RAIAR DO SOL...
















Título: Dia Nublado
http://www.pnuma.org/publicaciones/atlas2005/images/pag000_DiaNublado.JPG.htm

O não raiar
do sol
deixa a vida
deserta
com um gosto
de nostalgia
e um quê
de solidão.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008

Código do texto: T833470

MINHA INFÂNCIA

Mangas,
pitangas,
cocos,
abacates,
tangerinas,
cabeludinhas,
amoras,
e muito, muito mais.
Assim,
era o meu jardim.
Rodeado de flores.
Rodeado de pássaros.
Rodeado de sonhos.
Rodeado de fantasias.
Com um córrego
passando ao meio.
Uma moenda
com seu néctar a derramar.
Estas são algumas lembranças
que permanecem vivas
do tempo da minha infância,
em que tudo era perfeito
e que por mais voltas
que o mundo desse
ninguém a destruiria
e que por mais voltas
que o mundo dê
ninguém a destruirá.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008

Código do texto: T833471

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O AMOR NOS TEMPOS DA CÓLERA

O amor nos tempos
dos desacertos,
no tempo da frigidez.

O amor nos tempos
da opressão,
do desvario.

O amor nos tempos
do não querer,
do se deixar prá lá.

O amor nos tempos
do fim,
do não querer mais
junto estar.

O amor nos tempos
da cólera,
do desentendimento,
do desamor.

O amor nos tempos
do não existir mais.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2008

Código do texto: T832102

POR UM INSTANTE

Por um instante
senti-me abandonado,
depois que me disseste
que ias embora.
Dois instantes após,
senti-me só.
Mas,
feliz.
Livre.
Sem nenhum peso
a carregar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2008

Código do texto: T832100

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

AO ENXERGAR

Ao enxergar
a escuridão
de minha mente,
deparei-me
com o inesperado:
um céu cheio de estrelas,
de cores várias,
a iluminar
meu corpo
e meus pensamentos.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2008

Código do texto: T830717

OLHAR

A luz
de um olhar
enxerguei
um outro olhar
que me refletiu
o teu
inocente olhar
a fugir
do meu
malicioso olhar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2008

Código do texto: T830714

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

SOLAR















Título: Mulata - Serigrafia de Di Cavalcanti
http://www.ruiarts.com.br/obras/di_serigrafia_mulata.jpg

Menina.
Solar.
Solare.
Do sol.
Morena
matreira.
Perdida
na areia
do mar.
Com a cor
do cravo
e o cheiro
da canela,
me recorda
a Gabriela.
Menina
faceira,
olhe para os meus olhos,
encontre-os
e corra
pros meus braços
pra me amar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 23/01/2008

Código do texto: T829385

AO AMAR...

Ao lamber a cria,
a leoa o acaricia
dando-lhe o afeto
e as sensações necessárias
para o seu amadurecimento.

Ao amar um homem,
uma mulher
o lambe como cria,
torna-se sua dona,
procura afastá-lo
dos perigos que o rodeia,
dando-lhe o afeto
e o amor necessários
para que ele seguro
vá à caça,
conquistar mundos,
poder,
mostrar sua virilidade
amadurecida
e voltar correndo
aos braços da sua leoa.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 23/01/2008

Código do texto: T829383

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

PEDRAS NO CAMINHO

Pedras no caminho
encontrei-as,
em todas pisei,
passei sobre elas
com a elegância
de um cisne,
delicadamente,
com todo um rito
a respeitar.

Obstáculos na vida
com eles deparei-me.
Tentei esquivar-me.
Mas, vivenciei-os
como um bailarino
a dançar o último ato
da sua apresentação,
respeitando a todos
os Deuses do Teatro,
seguindo a todo um rito,
a todo um mistério
que só a vida compõe.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2008

Código do texto: T827815

RODA MULATA

Roda menina.
Gira pião.
Roda mulata
faceira.
Dona
do meu coração.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2008

Código do texto: T827810

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

NÃO ME MANDE FLORES















Título: Flores
http://www.komandokroketa.org/Pala-Ip/11_56_58_59_62_63_66flores.jpg

Não me mandes flores.
Se pensares,
jogue-as no lixo.
Ou guarde-as
para enganares
a outros
que caiam em tuas ciladas.
Não me mandes flores.
Inimigos são reservados.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2008

Código do texto: T826569

CHUVA

Chova chuva,
chova,
chova depressa,
chova forte,
pro Sertão Nordestino
não morrer
sem água,
de sede.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2008

Código do texto: T826564

domingo, 20 de janeiro de 2008

QUEM ÉS?

Quem és
para me lançar,
novamente,
um olhar?
Atualmente,
és nada.
És o tudo
que um dia
para mim
muito significou.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2008

Código do texto: T824981

SEM VOCÊ

Meias palavras
é o que não vou
te dizer.
Vivo bem
sem tua presença,
sem teu cheiro,
sem teu hálito.
Vivo feliz.
Só.
Totalmente,
sem você.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2008

Código do texto: T824980

sábado, 19 de janeiro de 2008

ARCO-ÍRIS













Título: Arco-Íris
http://estaciondesbrujulario.blogia.com/upload/rainbow-light.jpg

Ao entardecer,
após uma tempestade,
na areia da praia,
a buscar
conchinhas
do mar,
encontrei
uma estrela-do-mar,
uma reluzente estrela,
diferente,
que me levou
através de um arco-íris
ao encontro de um amor
de quem havia me perdido no passado.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2008

Código do texto: T823574

A TEU LADO

Viver a teu lado
é viver com o passado,
não com o presente,
este é colocado
pra escanteio,
renegado,
sonegado.
Viver a teu lado
é não me viver.
É morrer.
Morrer...

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2008

Código do texto: T823573

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

LÁGRIMA



















Título: Lágrima
Lágrima.
Sofrimento.
Ódio.
Desunião
Desamor.

Lágrima.
Alegria.
Felicidade.
Esperança.
Muito paz.
Muita amor.
Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008
Código do texto: T822099

VIDAS

Vidas amargas,
opostas,
vividas.

Vidas sofridas,
perdidas,
mal amadas.

Vidas não reveladas,
invadidas,
devassadas.

Vidas felizes,
realizadas,
amadas.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008

Código do texto: T822098

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

REVELAÇÃO




















Título: Homem nu
http://www.angela.amorepaz.nom.br/Quadro_homem_nu_novo.jpg

Ao me revelar para você,
perdi a proteção
que me envolvia.
Fiquei nu.
Retirei minha fantasia.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 17/01/2008
Código do texto: T820588

VENTOS

Ventos fracos.
Ventos fortes.
Ventanias.
Retirem
de minha mente
o que tirar
não consigo.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 17/01/2008

Código do texto: T820586

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

VISTA D'OLHOS

Que vista
d’olhos
te dei
morenice
de beira-mar.
Vista d’olhos
profunda,
de águia
a perseguir
a tua presa,
certeira,
fatídica,
nem escapatória
tiveste.
Caíste
na rede jogada.
Agora,
é sentir
se o momento
inflama
e explode.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2008

Código do texto: T819218

FUJAS

Corras.
Corras muito.
Corras léguas.
Fujas de mim.
Do meu cheiro.
Da minha presença.
Da minha vida.
Não me rodeies.
Não me contornes.
Saias.
Sumas do mundo
que aponta pra mim.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2008

Código do texto: T819215

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

TERRA




















Título: Terra
Terra.
Chão.
Mãos.
Homem a ará-la,
a trabalhá-la,
a cultivá-la,
a fazê-la Mãe
ao nela frutos gerar.
Frutos bons,
maduros,
que alimentarão
os filhos desta Mãe.
Desta Terra.
Deste Chão.
Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2008
Código do texto: T818398

NAS NUVENS

Vou me perder
em teus braços.
Em teu colo
me envolver
e esquecer
o mundo
que me rodeia
para nas nuvens
contigo viver.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2008

Código do texto: T818394

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

ESCREVER












Título: Escrivaninha
Fotografia sem indicação de autoria

Mil faces
compõem o meu escrever.
A cada traço da pena,
uma vida encontrada.
Este é o meu papel de poeta.
Ser várias personas
sem me incomodar
qual delas irá me absorver,
irá me utilizar.
O mundo é pequeno.
O que vive n’alma,
no subconsciente
é profundo,
existe.
Ultrapassa teorizações.
Ultrapassa dimensões.
Escrito está nos pergaminhos,
há milênios.
É só entender.
É vivo.
É eterno.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2008

Código do texto: T816338

SONHOS

Sono.
Sonhos.
Vida etérea.
Vida viva.
Mágicas.
Feitiços.
Tudo
a se realizar.
Um balão
nos leva
pelos céus.
Um barco
nos transporta
pelos mares.
Sonhos.
Sonhados.
Nunca perdidos.
Sempre realizados.
Sonhos.
Sono.
Pena
ter acordado.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2008

Código do texto: T816334

domingo, 13 de janeiro de 2008

ALÉM-MAR

Mar.
Águas profundas.
Grandes barcos.
Viagem.
Longa.
Pássaros.
Há dias não se vê.
Olhos aos céus.
À procura
de pelo menos um,
que nos possa orientar.
E sabermos
se estamos próximos
à terra firme
e com o coração
além-mar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2008

Código do texto: T814954

SUTIS DIFERENÇAS

Sutis diferenças
não me assemelham a ti.
Talvez a voz.
O andar.
O olhar.
Ou o fato
de sempre errar,
como todas as gentes
na tentativa de o erro acertar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2008

Código do texto: T814953

sábado, 12 de janeiro de 2008

LEÃO NO INVERNO













Título: Leão
http://www.bussolaescolar.com.br/animais/leao.jpg

Te amei
com forças tantas
que te gerei
no meu coração.

Numa torre,
longínqua,
abandonaste-me.
Deixaste-me só.
Conheci o sofrer.

Mesmo assim,
continuas nele a viver,
com toda a dor,
com todo o furor,
de um animal que a cria perde,
nele estás,
agasalhado,
do frio e da fome,
protegido sob o meu manto
o de um Leão no Inverno.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008

Código do texto: T813715

AMOR DE VERÃO

Amor de verão,
amor gostoso,
brilhante,
bronzeado.
Amor descomplicado
a buscar a diversão,
os encontros,
os encantos do mar,
os encantos do sol
a iluminar corpos expostos,
na intenção deste amor encontrar.
Amor de verão,
passageiro,
marcante,
eterno.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008

Código do texto: T813713

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

VIDA ENSOLARADA















Título: Sol
Nesta vida ensolarada,
a olhar o mar,
encontrei o viço,
o bronze,
o não lapidado,
à procura de um escultor.
Quiçá,
de um novo amor.
Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2008
Código do texto: T812389

ETERNO AMOR

Eterno.
Assim um dia
foi nosso amor.

Incerto.
Assim passou
por diversas fases
nosso amor.

Com atritos.
Assim viveu
por muito tempo
nosso amor.

Finito.
Custou,
mas , assim terminou
nosso eterno amor.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2008

Código do texto: T812388

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

CAIS

Perdi-me
no cais
a procura de você.

Agora,
vivo nas noites do cais,
amando um ou outro,
tanto faz.

Porém,
decidido está,
não quero a você
mais encontrar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 10/01/2008

Código do texto: T811052

ASSIM

Simples
como o vento.
Claro
como a lua.
Assim,
sou eu
quando quero
me deixar
entrar na sua.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 10/01/2008

Código do texto: T811046

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

MULTICOLORIDA















Título: Bolas
http://www.bancoimagenes.com/cd683/cd683f005_a.jpg

Bolas.
Vermelhas.
Azuis.
Amarelas.
Coloridas.
Pra chutar.
Soltas no ar.
Lindas.
Brilhantes.
Verdes.
Grenás.
Bolas.
Muitas bolas.
Voltam-me
à minha infância.
Multicolorida.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2008

Código do texto: T809625

TRISTEZA

Tristeza
em mim bateu
por não tê-la
a me rodear.

Tristeza
em mim bateu
quando você se foi
e esqueceu de voltar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2008

Código do texto: T809623

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

TRÊS ESPINHOS

Três espinhos
me apontam
à tez.
Diáfanos.
Insistentes.
Persistentes.
Ruidosos.
Brilhosos.
Valorosos.
Espinhos de escribas.
Cravos na cruz.
Espinhos poéticos.
Poesias cibernéticas.
Soltas ao vento
como o ar a voar.
Três sinais.
Três encontros.
Três veios herméticos.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 08/01/2008

Código do texto: T808029

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

UM BONECO

A tua espera
não mais estou.
Esvaíste-me
do meu corpo
deixando-me
como, realmente, sou,
um boneco,
um palhaço
em tiras,
à procura
de quem me remende
e volte
a me fazer sorrir
sob a lona
da Loucura.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 08/01/2008

Código do texto: T808026

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

CRIANÇAS













Título: Crianças
http://www.uniredh.com.br/blog/file-757283.jpg

Pipas
soltas no ar.
Bolas
no chão a rolar.
Bonecas
pela calçada
a passear.
Barulho.
Muito barulho.
Férias!
Amarelinha.
Pique-esconde.
Queimado.
Mães atentas.
Cachorro-quente.
Pipoca.
Doces.
Um ritual
que se segue
até o sol se pôr.
Silêncio!
Crianças a dormir.
A sonhar
com um novo sol raiar
para tudo,
novamente,
recomeçar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 07/01/2008

Código do texto: T806546

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UM MINUTO

Me pediram
um minuto
de silêncio
para me falarem
a teu favor.

Neguei.

Por ti,
nem mais
um silêncio
ou um falar
de orador.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 07/01/2008

Código do texto: T806545

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domingo, 6 de janeiro de 2008

NUVENS















Título: Nuvens
http://www.inap.com.br/sitercaio/fotos/nuvens.jpg

Nuvens
que diversas
formas têm.
Todos os dias
se recrie
em novas formas,
como se estivesse a pintar
o céu
pra um
precioso bem.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008

Código do texto: T805263

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

PENSAMENTO




















Título: Anjo
http://i31.photobucket.com/albums/c359/luluzinhatrue/anjo.jpg

Pensamentos soltos
que vêm
E que vão.
Pensamentos livres
que rédeas não possuem.
Pensamentos encantados
que brotam
em meu peito.
Enfeitice
este Anjo
que se esconde
dentro de mim.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008

Código do texto: T805260

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 5 de janeiro de 2008

AMOR

Estou a buscar
algo indefinido,
que não sei o que é.
É misterioso.
Profundo.
Místico.
Ultrapassa
a compreensão.
É costumeiro.
Audaz.
Aventureiro.
Fere.
Deixa dor.
Nos faz dizer
o que não se diz.
Nos deixa aflitos,
sem rumo,
de quatro.
É o amor,
a acertar
outro alvo.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2008

Código do texto: T803591

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EXAUSTÃO

Cansei
de te carregar,
me pesas
as costas.
O fardo
é grande.
Pensei
que ia agüentar.
Mas, não.
É hora
de me libertar.
Quero ser feliz,
sei que é possível.
Nem que tenha de ir para outro lugar,
me mudar.
E, me reinventar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2008

Código do texto: T803588

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

CHUVA QUE CAI













Título: Chuva
http://www.christiananswers.net/q-eden/rain.jpg

Chuva que cai forte
como um véu de noiva
que se deslocou das matas
lave-me
retire-me todos os ungüentos
limpe-me por fora
e por dentro
e torne-me de novo
feliz.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2008

Código do texto: T802393

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PROMÍSCUO

Digo que te amo,
que te venero,
que só a ti quero.
Engano-te.
Amo
a outras e outros
em um eterno frenesi.
Só de ti fujo.
Só a ti não quero.
Desvio de comportamento,
de conduta?
Não.
Promíscuo
é o que sou, isto sim.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2008

Código do texto: T802392

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

CHAMADO

Vento
que sempre me chama,
que sempre me atrai.
Encontre
meus sentimentos
que por ora
vagam
à esfera da solidão.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 03/01/2008

Código do texto: T800971

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NOVO ENCONTRO

O que te direi?
Que nomes
tem darei?
Não sei.
Só sei,
que depois de anos,
de sumiço
te encontrei.
O que por ti sinto?
Não sei.
Talvez,
amizade?
Amor?
Ou um grande desprezo.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 03/01/2008

Código do texto: T800967

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

RESGATE DO TEMPO













Título: Ampulheta
Quero buscar
o tempo perdido,
o que não volta,
o que já passou.
Como não me é possível,
resgatá-lo-ei
através do olhar,
a observar os resquícios
do passado ao meu redor
e dentro de mim.
Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2008
Código do texto: T799732

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SONHO

No sonho
que tive
e que estava
presente
encontrei-a
com um vestido
preto,
saliente,
provocante,
que me levou
às nuvens
só de vê-la.
Acordei,
ainda tonto,
extasiado
e me deparo contigo
como havia sonhado.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2008

Código do texto: T799729

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

TEMPO

RecadosAnimados.com

Título: Fogos

É disso
que o tempo
é feito,
de coloridas
explosões
de fogos
de artifício.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2008

Código do texto: T798942

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SOMBRAS

Sombras.
Muitas sombras.
Lugar ermo.
Muito ermo.
Numa viela
da vida.
Te perdi
de mim.
Nunca mais
te encontrei.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2008

Código do texto: T798939

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