Vejo marcas
por todos os lados.
No quintal,
na casa,
no quarto,
em você.
Percorro o teu corpo
a procurar pelos sinais,
para averiguar
se a mim pertencem,
se foram deixados por mim.
Engano.
O que pensar?
O que dizer?
O que fazer?
Fingir que não vi?
Gritar, esbravejar, brigar?
Não.
Cena muda.
O melhor
é manter-me calmo, anestesiado,
com os olhos fechados,
a boca calada,
as pernas e as mãos atadas.
Quieto.
E fingir.
Fingir, sim.
Que as marcas
foram feitas por mim.
Pelo furor
de uma intensa noite
do nosso amor.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2007
por todos os lados.
No quintal,
na casa,
no quarto,
em você.
Percorro o teu corpo
a procurar pelos sinais,
para averiguar
se a mim pertencem,
se foram deixados por mim.
Engano.
O que pensar?
O que dizer?
O que fazer?
Fingir que não vi?
Gritar, esbravejar, brigar?
Não.
Cena muda.
O melhor
é manter-me calmo, anestesiado,
com os olhos fechados,
a boca calada,
as pernas e as mãos atadas.
Quieto.
E fingir.
Fingir, sim.
Que as marcas
foram feitas por mim.
Pelo furor
de uma intensa noite
do nosso amor.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2007
Código do texto: T705950
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas
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