Quando a pena
busca uma palavra
garimpa-a até achá-la,
e quando
pensa que
com ela se depara
tenta incrustá-la
no texto em construção.
Às vezes,
o poema não aceita
a pedra garimpada.
O que fazer?
Lá vai,
de novo,
o poeta
procurar sua jóia,
sua pedra
e quando a encontra,
que felicidade,
coloca-a com a precisão
de um cirurgião
no seu poema,
na sua criação:
um verso.
Apenas, um
de tantos outros
que se criarão,
com a insistência,
a sabedoria
e a perspicácia do poeta.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 15/12/2007
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