Suave
como a brisa.
Suave
como o sol
d’amanhã.
Suave
como o pôr-do-sol.
Suave
como a lua.
Suave
como as noites
no Sertão.
Suave
como um carinho.
Suave
como teu corpo.
Suave
como teu jeito
de amar.
Suave
como nossos beijos.
Suave...
Suave...
Nosso amor
manter-se-á.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2008
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
SUAVE
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ALMAS GÊMEAS
Almas irmãs.
Siamesas.
Ligadas,
unidas
por um cordão
umbelical.
Próximas
ou distantes
vivem
a se procurar,
a tentar
se reencontrar.
Ligação profunda,
passada,
alinhavada
em outra vida,
em outro plano.
Almas gêmeas.
Unidas.
Irmãs.
Eterno amor.
Nunca os laços
se desatarão.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2008
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
PISCAR D'OLHOS
Num
piscar d’olhos
por ti
me encantei.
Em mais
um piscar d’olhos
te vi
te enxerguei
me desencantei.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008
Postado por Amaral às 13:09 0 comentários
FLORES I
Título: Flores
http://caminhando.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_02.html
Flores molhadas
pela água
da chuva
possuem
um quê
de especial,
de jovial,
que encantam,
que enamoram
todos os pássaros
que vêm
admirá-las.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008
Postado por Amaral às 13:03 0 comentários
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
TALVEZ
Talvez,
um dia
te reencontre
e o antigo amor,
que marcas indeléveis deixou,
reacender-se-á..
Talvez,
um dia
te reencontre
e o antigo amor,
como uma chama,
apagar-se-á.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2008
Postado por Amaral às 08:31 0 comentários
TE ENCONTREI
Nos fios
tecidos pelo tempo,
te encontrei,
ao acaso,
com os pensamentos
presos ao passado.
Te acordei.
Renasceste.
E ao olharmo-nos
nos amamos
acordados
a viver o presente.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2008
Postado por Amaral às 08:22 0 comentários
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
MENINO TRAVESSO
Nem as lentes escuras
dos teus óculos
escondem
o olhar
do menino travesso
que sempre serás.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 28/01/2008
Postado por Amaral às 18:56 0 comentários
LÁGRIMA I
A lágrima
derramada
dos teus olhos
dasaguou
num lindo
lago azul.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 28/01/2008
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domingo, 27 de janeiro de 2008
PERSONA
Sinto-me
num palco,
como um ator
à procura
de sua personagem,
em pleno
processo de encontro,
de elaboração,
de afinação.
A procura
do tom exato
para sua execução.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2008
Código do texto: T834764
Postado por Amaral às 08:17 0 comentários
FEITOS NO CORAÇÃO
Sonhos feitos.
Desfeitos.
Sonhos refeitos.
Raros.
Sonhos meus.
Perdidos.
Achados.
Deixados de lado.
Sonhos lindos.
Feitos no coração.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2008
Postado por Amaral às 08:13 0 comentários
sábado, 26 de janeiro de 2008
AMAMO-NOS*
http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0100b03.htm
Relembro-me
de nós.
Das nossas travessuras.
Das nossas aventuras.
Das nossas descobertas.
Dos garotos que fomos.
A teu lado,
eu fui feliz.
Brincadeiras.
Passeios.
Viagens.
E nós,
vivendo num mundo
que criamos.
Só nosso.
Nele,
você se fazia de chefe.
Eu te perturbava
e te levava
para todas as peraltices,
todas as traquinagens.
Eu te fazia feliz.
Fomos assim crescendo.
Sempre juntos.
Sempre unos.
Por questões geográficas,
estamos separados.
Mas,
sempre a brincar
nos reencontros,
nos e-mails,
nas mensagens instantâneas.
Nós nos fazemos felizes.
Acredito que os meninos
que juntos cresceram
continuam vivos.
Vivos de vida.
Vivos de sentimentos.
Vivos no amor.
Afinal,
AMAMO-NOS.
* Esta poesia é dedicada a meu irmão Ulimar Paes do Amaral
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008
Código do texto: T834168
Postado por Amaral às 18:34 0 comentários
O NÃO RAIAR DO SOL...
Título: Dia Nublado
http://www.pnuma.org/publicaciones/atlas2005/images/pag000_DiaNublado.JPG.htm
O não raiar
do sol
deixa a vida
deserta
com um gosto
de nostalgia
e um quê
de solidão.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008
Postado por Amaral às 08:16 0 comentários
MINHA INFÂNCIA
Mangas,
pitangas,
cocos,
abacates,
tangerinas,
cabeludinhas,
amoras,
e muito, muito mais.
Assim,
era o meu jardim.
Rodeado de flores.
Rodeado de pássaros.
Rodeado de sonhos.
Rodeado de fantasias.
Com um córrego
passando ao meio.
Uma moenda
com seu néctar a derramar.
Estas são algumas lembranças
que permanecem vivas
do tempo da minha infância,
em que tudo era perfeito
e que por mais voltas
que o mundo desse
ninguém a destruiria
e que por mais voltas
que o mundo dê
ninguém a destruirá.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2008
Postado por Amaral às 08:13 0 comentários
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
O AMOR NOS TEMPOS DA CÓLERA
O amor nos tempos
dos desacertos,
no tempo da frigidez.
O amor nos tempos
da opressão,
do desvario.
O amor nos tempos
do não querer,
do se deixar prá lá.
O amor nos tempos
do fim,
do não querer mais
junto estar.
O amor nos tempos
da cólera,
do desentendimento,
do desamor.
O amor nos tempos
do não existir mais.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2008
Postado por Amaral às 09:10 0 comentários
POR UM INSTANTE
Por um instante
senti-me abandonado,
depois que me disseste
que ias embora.
Dois instantes após,
senti-me só.
Mas,
feliz.
Livre.
Sem nenhum peso
a carregar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2008
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
AO ENXERGAR
Ao enxergar
a escuridão
de minha mente,
deparei-me
com o inesperado:
um céu cheio de estrelas,
de cores várias,
a iluminar
meu corpo
e meus pensamentos.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2008
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OLHAR
A luz
de um olhar
enxerguei
um outro olhar
que me refletiu
o teu
inocente olhar
a fugir
do meu
malicioso olhar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2008
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
SOLAR
Título: Mulata - Serigrafia de Di Cavalcanti
http://www.ruiarts.com.br/obras/di_serigrafia_mulata.jpg
Menina.
Solar.
Solare.
Do sol.
Morena
matreira.
Perdida
na areia
do mar.
Com a cor
do cravo
e o cheiro
da canela,
me recorda
a Gabriela.
Menina
faceira,
olhe para os meus olhos,
encontre-os
e corra
pros meus braços
pra me amar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 23/01/2008
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AO AMAR...
Ao lamber a cria,
a leoa o acaricia
dando-lhe o afeto
e as sensações necessárias
para o seu amadurecimento.
Ao amar um homem,
uma mulher
o lambe como cria,
torna-se sua dona,
procura afastá-lo
dos perigos que o rodeia,
dando-lhe o afeto
e o amor necessários
para que ele seguro
vá à caça,
conquistar mundos,
poder,
mostrar sua virilidade
amadurecida
e voltar correndo
aos braços da sua leoa.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 23/01/2008
Postado por Amaral às 10:52 0 comentários
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
PEDRAS NO CAMINHO
Pedras no caminho
encontrei-as,
em todas pisei,
passei sobre elas
com a elegância
de um cisne,
delicadamente,
com todo um rito
a respeitar.
Obstáculos na vida
com eles deparei-me.
Tentei esquivar-me.
Mas, vivenciei-os
como um bailarino
a dançar o último ato
da sua apresentação,
respeitando a todos
os Deuses do Teatro,
seguindo a todo um rito,
a todo um mistério
que só a vida compõe.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2008
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RODA MULATA
Roda menina.
Gira pião.
Roda mulata
faceira.
Dona
do meu coração.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2008
Postado por Amaral às 10:19 0 comentários
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
NÃO ME MANDE FLORES
Título: Flores
http://www.komandokroketa.org/Pala-Ip/11_56_58_59_62_63_66flores.jpg
Não me mandes flores.
Se pensares,
jogue-as no lixo.
Ou guarde-as
para enganares
a outros
que caiam em tuas ciladas.
Não me mandes flores.
Inimigos são reservados.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2008
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CHUVA
Chova chuva,
chova,
chova depressa,
chova forte,
pro Sertão Nordestino
não morrer
sem água,
de sede.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2008
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domingo, 20 de janeiro de 2008
QUEM ÉS?
Quem és
para me lançar,
novamente,
um olhar?
Atualmente,
és nada.
És o tudo
que um dia
para mim
muito significou.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2008
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SEM VOCÊ
Meias palavras
é o que não vou
te dizer.
Vivo bem
sem tua presença,
sem teu cheiro,
sem teu hálito.
Vivo feliz.
Só.
Totalmente,
sem você.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2008
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sábado, 19 de janeiro de 2008
ARCO-ÍRIS
Título: Arco-Íris
http://estaciondesbrujulario.blogia.com/upload/rainbow-light.jpg
Ao entardecer,
após uma tempestade,
na areia da praia,
a buscar
conchinhas
do mar,
encontrei
uma estrela-do-mar,
uma reluzente estrela,
diferente,
que me levou
através de um arco-íris
ao encontro de um amor
de quem havia me perdido no passado.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2008
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A TEU LADO
Viver a teu lado
é viver com o passado,
não com o presente,
este é colocado
pra escanteio,
renegado,
sonegado.
Viver a teu lado
é não me viver.
É morrer.
Morrer...
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2008
Postado por Amaral às 08:08 0 comentários
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
LÁGRIMA
Sofrimento.
Ódio.
Desunião
Desamor.
Lágrima.
Alegria.
Felicidade.
Esperança.
Muito paz.
Muita amor.
Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008
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VIDAS
Vidas amargas,
opostas,
vividas.
Vidas sofridas,
perdidas,
mal amadas.
Vidas não reveladas,
invadidas,
devassadas.
Vidas felizes,
realizadas,
amadas.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
REVELAÇÃO
Título: Homem nu
http://www.angela.amorepaz.nom.br/Quadro_homem_nu_novo.jpg
Ao me revelar para você,
perdi a proteção
que me envolvia.
Fiquei nu.
Retirei minha fantasia.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 17/01/2008
Código do texto: T820588
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VENTOS
Ventos fracos.
Ventos fortes.
Ventanias.
Retirem
de minha mente
o que tirar
não consigo.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 17/01/2008
Código do texto: T820586
Postado por Amaral às 08:02 0 comentários
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
VISTA D'OLHOS
Que vista
d’olhos
te dei
morenice
de beira-mar.
Vista d’olhos
profunda,
de águia
a perseguir
a tua presa,
certeira,
fatídica,
nem escapatória
tiveste.
Caíste
na rede jogada.
Agora,
é sentir
se o momento
inflama
e explode.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2008
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FUJAS
Corras.
Corras muito.
Corras léguas.
Fujas de mim.
Do meu cheiro.
Da minha presença.
Da minha vida.
Não me rodeies.
Não me contornes.
Saias.
Sumas do mundo
que aponta pra mim.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2008
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terça-feira, 15 de janeiro de 2008
TERRA
Chão.
Mãos.
Homem a ará-la,
a trabalhá-la,
a cultivá-la,
a fazê-la Mãe
ao nela frutos gerar.
Frutos bons,
maduros,
que alimentarão
os filhos desta Mãe.
Desta Terra.
Deste Chão.
Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2008
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NAS NUVENS
Vou me perder
em teus braços.
Em teu colo
me envolver
e esquecer
o mundo
que me rodeia
para nas nuvens
contigo viver.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2008
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
ESCREVER
Título: Escrivaninha
Fotografia sem indicação de autoria
Mil faces
compõem o meu escrever.
A cada traço da pena,
uma vida encontrada.
Este é o meu papel de poeta.
Ser várias personas
sem me incomodar
qual delas irá me absorver,
irá me utilizar.
O mundo é pequeno.
O que vive n’alma,
no subconsciente
é profundo,
existe.
Ultrapassa teorizações.
Ultrapassa dimensões.
Escrito está nos pergaminhos,
há milênios.
É só entender.
É vivo.
É eterno.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2008
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SONHOS
Sono.
Sonhos.
Vida etérea.
Vida viva.
Mágicas.
Feitiços.
Tudo
a se realizar.
Um balão
nos leva
pelos céus.
Um barco
nos transporta
pelos mares.
Sonhos.
Sonhados.
Nunca perdidos.
Sempre realizados.
Sonhos.
Sono.
Pena
ter acordado.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2008
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domingo, 13 de janeiro de 2008
ALÉM-MAR
Mar.
Águas profundas.
Grandes barcos.
Viagem.
Longa.
Pássaros.
Há dias não se vê.
Olhos aos céus.
À procura
de pelo menos um,
que nos possa orientar.
E sabermos
se estamos próximos
à terra firme
e com o coração
além-mar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2008
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SUTIS DIFERENÇAS
Sutis diferenças
não me assemelham a ti.
Talvez a voz.
O andar.
O olhar.
Ou o fato
de sempre errar,
como todas as gentes
na tentativa de o erro acertar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2008
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sábado, 12 de janeiro de 2008
LEÃO NO INVERNO
Título: Leão
http://www.bussolaescolar.com.br/animais/leao.jpg
Te amei
com forças tantas
que te gerei
no meu coração.
Numa torre,
longínqua,
abandonaste-me.
Deixaste-me só.
Conheci o sofrer.
Mesmo assim,
continuas nele a viver,
com toda a dor,
com todo o furor,
de um animal que a cria perde,
nele estás,
agasalhado,
do frio e da fome,
protegido sob o meu manto
o de um Leão no Inverno.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
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AMOR DE VERÃO
Amor de verão,
amor gostoso,
brilhante,
bronzeado.
Amor descomplicado
a buscar a diversão,
os encontros,
os encantos do mar,
os encantos do sol
a iluminar corpos expostos,
na intenção deste amor encontrar.
Amor de verão,
passageiro,
marcante,
eterno.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
VIDA ENSOLARADA
a olhar o mar,
encontrei o viço,
o bronze,
o não lapidado,
à procura de um escultor.
Quiçá,
de um novo amor.
Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2008
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ETERNO AMOR
Eterno.
Assim um dia
foi nosso amor.
Incerto.
Assim passou
por diversas fases
nosso amor.
Com atritos.
Assim viveu
por muito tempo
nosso amor.
Finito.
Custou,
mas , assim terminou
nosso eterno amor.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2008
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
CAIS
Perdi-me
no cais
a procura de você.
Agora,
vivo nas noites do cais,
amando um ou outro,
tanto faz.
Porém,
decidido está,
não quero a você
mais encontrar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 10/01/2008
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ASSIM
Simples
como o vento.
Claro
como a lua.
Assim,
sou eu
quando quero
me deixar
entrar na sua.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 10/01/2008
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
MULTICOLORIDA
Título: Bolas
http://www.bancoimagenes.com/cd683/cd683f005_a.jpg
Bolas.
Vermelhas.
Azuis.
Amarelas.
Coloridas.
Pra chutar.
Soltas no ar.
Lindas.
Brilhantes.
Verdes.
Grenás.
Bolas.
Muitas bolas.
Voltam-me
à minha infância.
Multicolorida.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2008
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TRISTEZA
Tristeza
em mim bateu
por não tê-la
a me rodear.
Tristeza
em mim bateu
quando você se foi
e esqueceu de voltar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2008
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008
TRÊS ESPINHOS
Três espinhos
me apontam
à tez.
Diáfanos.
Insistentes.
Persistentes.
Ruidosos.
Brilhosos.
Valorosos.
Espinhos de escribas.
Cravos na cruz.
Espinhos poéticos.
Poesias cibernéticas.
Soltas ao vento
como o ar a voar.
Três sinais.
Três encontros.
Três veios herméticos.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 08/01/2008
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
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UM BONECO
A tua espera
não mais estou.
Esvaíste-me
do meu corpo
deixando-me
como, realmente, sou,
um boneco,
um palhaço
em tiras,
à procura
de quem me remende
e volte
a me fazer sorrir
sob a lona
da Loucura.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 08/01/2008
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
CRIANÇAS
Título: Crianças
http://www.uniredh.com.br/blog/file-757283.jpg
Pipas
soltas no ar.
Bolas
no chão a rolar.
Bonecas
pela calçada
a passear.
Barulho.
Muito barulho.
Férias!
Amarelinha.
Pique-esconde.
Queimado.
Mães atentas.
Cachorro-quente.
Pipoca.
Doces.
Um ritual
que se segue
até o sol se pôr.
Silêncio!
Crianças a dormir.
A sonhar
com um novo sol raiar
para tudo,
novamente,
recomeçar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 07/01/2008
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Postado por Amaral às 09:28 0 comentários
UM MINUTO
Me pediram
um minuto
de silêncio
para me falarem
a teu favor.
Neguei.
Por ti,
nem mais
um silêncio
ou um falar
de orador.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 07/01/2008
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domingo, 6 de janeiro de 2008
NUVENS
Título: Nuvens
http://www.inap.com.br/sitercaio/fotos/nuvens.jpg
Nuvens
que diversas
formas têm.
Todos os dias
se recrie
em novas formas,
como se estivesse a pintar
o céu
pra um
precioso bem.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008
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PENSAMENTO
Título: Anjo
http://i31.photobucket.com/albums/c359/luluzinhatrue/anjo.jpg
Pensamentos soltos
que vêm
E que vão.
Pensamentos livres
que rédeas não possuem.
Pensamentos encantados
que brotam
em meu peito.
Enfeitice
este Anjo
que se esconde
dentro de mim.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008
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sábado, 5 de janeiro de 2008
AMOR
Estou a buscar
algo indefinido,
que não sei o que é.
É misterioso.
Profundo.
Místico.
Ultrapassa
a compreensão.
É costumeiro.
Audaz.
Aventureiro.
Fere.
Deixa dor.
Nos faz dizer
o que não se diz.
Nos deixa aflitos,
sem rumo,
de quatro.
É o amor,
a acertar
outro alvo.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2008
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EXAUSTÃO
Cansei
de te carregar,
me pesas
as costas.
O fardo
é grande.
Pensei
que ia agüentar.
Mas, não.
É hora
de me libertar.
Quero ser feliz,
sei que é possível.
Nem que tenha de ir para outro lugar,
me mudar.
E, me reinventar.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2008
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
CHUVA QUE CAI
Título: Chuva
http://www.christiananswers.net/q-eden/rain.jpg
Chuva que cai forte
como um véu de noiva
que se deslocou das matas
lave-me
retire-me todos os ungüentos
limpe-me por fora
e por dentro
e torne-me de novo
feliz.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2008
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PROMÍSCUO
Digo que te amo,
que te venero,
que só a ti quero.
Engano-te.
Amo
a outras e outros
em um eterno frenesi.
Só de ti fujo.
Só a ti não quero.
Desvio de comportamento,
de conduta?
Não.
Promíscuo
é o que sou, isto sim.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2008
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
CHAMADO
Vento
que sempre me chama,
que sempre me atrai.
Encontre
meus sentimentos
que por ora
vagam
à esfera da solidão.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 03/01/2008
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NOVO ENCONTRO
O que te direi?
Que nomes
tem darei?
Não sei.
Só sei,
que depois de anos,
de sumiço
te encontrei.
O que por ti sinto?
Não sei.
Talvez,
amizade?
Amor?
Ou um grande desprezo.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 03/01/2008
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
RESGATE DO TEMPO
Título: Ampulheta
o tempo perdido,
o que não volta,
o que já passou.
Como não me é possível,
resgatá-lo-ei
através do olhar,
a observar os resquícios
do passado ao meu redor
e dentro de mim.
Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2008
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SONHO
No sonho
que tive
e que estava
presente
encontrei-a
com um vestido
preto,
saliente,
provocante,
que me levou
às nuvens
só de vê-la.
Acordei,
ainda tonto,
extasiado
e me deparo contigo
como havia sonhado.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2008
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terça-feira, 1 de janeiro de 2008
TEMPO
É disso
que o tempo
é feito,
de coloridas
explosões
de fogos
de artifício.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2008
Código do texto: T798942
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Postado por Amaral às 14:56 0 comentários
SOMBRAS
Sombras.
Muitas sombras.
Lugar ermo.
Muito ermo.
Numa viela
da vida.
Te perdi
de mim.
Nunca mais
te encontrei.
Edilmar Amaral
Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2008
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Postado por Amaral às 14:49 0 comentários